Arquitetura

 

 

A primeira capital do Brasil guarda em seu território muito da arquitetura da época colonial, abrigando relíquias seculares. Seus museus e palácios de excelência arquitetônica contam como era a vida da suntuosa e imponente Salvador nos tempos de Colônia e Império.

O traço da cidade declara a preocupação dos colonizadores do século XVI em criar uma cidade com boa estrutura de defesa, de maneira que sua porção litorânea fosse guardada pelos fortes sempre vigilantes a possíveis invasões.

O conjunto arquitetônico do Pelourinho está no mais alto sítio da cidade. Seus mais de mil sobrados, solares, palacetes, igrejas e conventos são voltados para o sul, o que remonta o modelo Ibérico de construções, com grandes salões voltados para o poente e quintais em forma de jardins ao fundo. Nestas construções as pedras de lios compõem as alvenarias e o acabamento, feito em azulejos portugueses.

Do século XVII vieram os registros beneditinos com igrejas de grande porte e riqueza. Adornos em madeira, folheados a ouro e pinturas ao teto finalizam estas construções com um toque do Barroco. Os espaços que melhor caracterizam esse período são a Catedral Basílica, o Convento do São Francisco, a Igreja de N. S. do Carmo, a Casa da Misericórdia e a Igreja da Conceição da Praia.

Um século depois, como reflexo da mudança da capital para o Rio de janeiro, a arquitetura torna-se menos vultuosa, contudo ganha em elegância e graciosidade, o que relembra o rococó Barroco. Neste período foram construídas a Igreja de N. S. da Penha da França, N. S. da Conceição do Boqueirão, N. S. da Saúde e Glória e a famosa Igreja de N.S. do Bonfim.

No século XIX cresce a urbanização da cidade, que ganha os sobrados elevados de até quatro pavimentos. A influência neoclássica é dominante com colunas, baixos relevos de guirlandas e medalhões nas fachadas. São datadas desta época as construções do Mercado Modelo (antiga Alfândega) e da sede da Associação Comercial.

No século passado, rompendo com o modelo de arquitetura antiga - marcante em toda a história da cidade, surge um novo traçado arquitetônico com largas avenidas e vales que incorporam prédios pós-modernos de formas não regulares, nos quais o vidro e o concreto são predominantes e contrastam com cores fortes. São exemplos da recente Salvador o prédio da Casa do Comércio Deraldo Mota, o Centro de Convenções, o Teatro Castro Alves, o Estádio Otávio Mangabeira e os grandes shoppings centers.

Sem esquecer do passado, Salvador da Bahia entra no século XXI com mais inovações, acompanhando a trajetória mundial. O Plano Inclinado Gonçalves, que liga a cidade alta à cidade baixa, foi revitalizado. O Elevador Lacerda que, além de ter sido restaurado ganhou um posto de atendimento ao turista, conta agora com uma moderna iluminação cênica, capaz de mudar as cores do imponente monumento à medida que o sol se põe. De lá, é possível se obter uma das melhores visões panorâmicas da cidade.

O Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães também foi contemplado pelas inovações, tornando-se um dos aeroportos de melhor infra-estrutura do país. Com a recente construção do metrô, a cidade consolida a sua vanguarda e escreve um novo capítulo de sua história arquitetônica, lapidada ao longo dos séculos. Na cidade, de traçado singular, convivem em harmonia os antigos casarões e as modernas construções urbanas.

 

Fonte: https://www.turismo.salvador.ba.gov.br/